segunda-feira, abril 24, 2006

Sem memória, quem dera

Quero mais um beijo seu, dessa vez frio e seco, gelado;
Só pra convencer que não há o que esperar.
Quero quase um tapa na cara
pra tirar da memória o seu rosto brincalhão,
(como se já não tivessem sido dados tantos tapas).
Borracha no som da sua risada
Quase soluçado com monossílabas se afirmando (né?)
Caretas eternas
que ficaram intrínsecas nos olhos cerrados
As vezes dói mais e quero paz
Na verdade quero o beijo ainda melhor
Cheio de saudade
Quero o carinho
Quero o toque
Imersa nessa piscina de sonhos
Com o sorriso que tinha por lembrar de você
A expressão é agora neutra

terça-feira, abril 11, 2006

Por uma noite de sentimentos!

Por que será intrínseco tamanha teimosia? E na constatação do fato já previsto, ainda insiste em sangrar o corte superficialmente já cicatrizado. E existem cicatrizes superficiais?
Fecharam a primeira pele e deixaram vazio por dentro. O oco audacioso e expansivo lateja pelas paredes em caminhos tortuosos sem ter por onde escoar. O vazio constante; o espaço pulsante.
Lânguido sentir de tristezas anestesiadas e atividades oportunas que desviem o pensamento. Concentração relutante. Esperança mais uma vez dilacerada mas ainda resiste algum desejo. E tê-lo há muito não se justifica. Então por que esse embate feroz entre razão e sentimento. E por que tão racionalmente deixar tanto envolvimento transparecer. Por que não conseguir esconder de si mesmo o que camufla na pele de tantos sorrisos?