sexta-feira, dezembro 08, 2006

Antes que as horas passem – longas e envolventes conversas

Crítica de cinema: por Thais Julianne

“Antes do Amanhecer” (Before Sunrise) e “Antes do Por do Sol” (Before Sunset) trazem à tona vários dos clichês românticos que gostaríamos de viver. Os filmes nos levam, em seqüência, a embarcar no universo de dois jovens, um americano e uma francesa, que se encontram ao acaso no primeiro dos filmes, dentro de um trem na Europa; e depois de nove anos, em Paris, no lançamento de um livro escrito pelo rapaz.

Elenco e direção
Ethan Hawke no personagem de Jesse e Julie Delpy como Celine são dirigidos por Richard Linklater em ambos os filmes, o primeiro lançado em 1995 e o segundo em 2004. Sem grandes investimentos na fotografia ou em efeitos hollywoodianos, as produções são bem desenvolvidas e merecem mérito pelos seus roteiros com diálogos bem estruturados e envolventes entre esses dois únicos personagens. Arrisco até mesmo a compará-los com alguns diálogos produzidos por Wood Allen: preocupação relevante com o conteúdo voltado para o relacionamento amoroso entre um homem e uma mulher.

Desfecho
Seja antes que o dia amanheça e eles retomem seus destinos ainda com vinte e poucos anos, solteiros e cheio de questionamentos sobre seus futuros profissionais e financeiros. Ou nove anos depois, no entardecer do dia, antes que o avião saia, já estabelecidos profissionalmente e com relacionamentos amorosos estáveis em suas cidades de origem. Jesse e Celine retratam com força de atuação um romance que quebra barreiras de tempo e distância de uma forma simples e realista. Assistir a estes dois filmes em seqüência é um ótimo convite para reflexões com as quais certamente você vai se identificar em algum momento.

TRAILERS
Quer um gostinho de como é cada uma dessas produções? Mesmo se você não foi um expert em inglês, é possível ter uma idéia da sensibilidade destes dois filmes.
Assista aos trailers: Before Sunrise e Before Sunset .

terça-feira, outubro 31, 2006

Quero ficar com você!

- Queria ficar com você!
- Mas você está comigo.
- Mas eu queria ficar muito, mais e mais e mais...
(risos)
- Calma! A tendência é essa...

...

- e agora? eu continuo querendo muito ficar com você.
primeiro te reencontrar e sentir bem devagarinho passar
tantas saudades...depois sentir aos poucos novamente
como é bom estar com você e o quanto você me faz bem!
Eu quero ficar com você! Só com você!...

quarta-feira, outubro 25, 2006

Confia!

Acordei e saí a procura de você.
Acordei com o vazio ocupando ao meu lado o ambiente grande e silencioso.
Procurei por pensamentos que terminavam esbarrando em ti.
Ocupei-me de memórias felizes e esperança certa da continuidade. Enchi-me de algo que aos poucos se transforma em gostosa saudades.
Corri com tranquilidade para que nao houvesse tempo de solidão.
Cumpri com afazeres na satisfação em acreditar que estou tendo uma chance para ser mais feliz.

À noite, já não me sinto só.
Notícias suas me fazem ter o sussurro da chuva
e o vento como melhores companhias
enquanto não o tenho de novo tão perto de mim.
Tão perto de mim o sorriso gostoso
e a voz suave que me diz: CALMA!
CONFIA!!!

quinta-feira, setembro 21, 2006


UfA!!!
por Thais Julianne de Castro

Levantou cedo. Bem, nem tão cedo assim. O despertador tocou pela primeira vez há aproximadamente 45 minutos atrás. Re-programou para mais cinco minutinhos e por algum descuido re-programou errado. Perdeu a hora. Acordou assustada. O susto já se encarregou de gritar “acorda que o dia tá todo pela frente e já começa atrasado”. Não dá tempo pra tomar banho. Joga água no rosto, escova os dentes penteando o cabelo. Pega a calça dali, coloca uma blusa qualquer, fresquinha, o calor já está de matar. Calça a meia, ops, par trocado. Destroca. Coloca o tênis. Na geladeira pega um iogurte pra tomar pelo caminho, um pacote de bolachas pra segurar a fome se ela aparecer por aí. “O elevador podia tanto não demorar”. O elevador demorou cinco minutinhos. Pelo menos desceu direto, “ufa”!!!

“Bom seu João!” - o cumprimento ao porteiro ecoou no rastro de quem já estava quase no meio da rua, serelepe e agitada, ao menos um sorriso no rosto. Sempre. Apressa o passo, mas a pé não se tem velocidade motorizada, não adianta tentar. Pensou mais uma vez no pneu da bicicleta. Programou mais uma vez para enchê-lo e então começar a ir à faculdade de bicicleta. Já seria um exercício. Afinal de contas, tinha consciência do sedentarismo nada saudável para uma jovem de 20 anos. Mas já fazia cinco meses que se programava para encher o pneu, para começar a pedalar, para criar a coragem de ir de bicicleta à universidade.

Hall do bloco na faculdade, sorrisos e “bom dias”. Três ou quatro conversas de cinco minutinhos para agendar um programa do final de semana, marcar uma gravação, contar uma novidade. São sempre rotineiras, mas são sempre tantas. Finalmente passa no bebedouro, um gole d’água pra recompor o fôlego. Sobe as escadas, abre a porta da sala de aula discretamente, alguns vários cinco minutinhos atrasada. O professor está mais uma vez repetindo os conceitos básicos da matéria, assim como na primeira aula, há cinco semanas atrás. Programação mental de tantas tarefas pelo dia à frente. “Queria ter a cara de pau de ficar em casa dormindo”. Sempre acostumada a exercer responsabilidades não aceitaria esse tipo de descaso com os estudos.

Já é quase intervalo. Sai mais cedo para passar na sala da frente. Precisa assinar lista de presença da matéria que faz em pendência para regularizar o currículo aa terceira faculdade para o mesmo curso. Entra na sala de muitos calouros. Desvia a atenção do professor. Cumprimenta alguns. Procura a lista. Assina a lista. Cumprimenta o professor. Agradece e sai de sala. Desce pro intervalo. Conversas sempre fluem com tantas pessoas, temas diversos mesmo quando não há nada pra se falar. Gosta de conversar. Não fofocar. Gosta de discutir, polemizar, planejar, criticar, elogiar, reclamar, agradecer, coordenar, pensar, expor. Às vezes esquece de respirar. É, gosta de conversar. Cinco minutinhos na reunião com a comissão de formatura. De volta na sala de aula. Entrega o texto, cinco minutinhos de conversa com o professor e o editor. Fim de aula. Não, não são 11:30 ainda como sugere a ementa do curso para término das aulas diárias.

Sai correndo para pegar o ônibus, se chegar mais cedo na empresa quem sabe consegue adiantar algumas coisas e sair mais cedo à tarde e dormir um pouquinho. Bem mais que cinco minutinhos esperando o ônibus e meia hora para chegar ao outro lado da cidade. Chega na empresa, “bom dias” e sorrisos. Passa no banheiro, lava o rosto com água fria, o sono às vezes titubeia em aparecer. Pega a garrafa d’água, toma um copo cheio e coloca do lado do computador. Liga o ar condicionado e senta. Começa a trabalhar. Não é estágio. Não tem nada a ver com o curso da faculdade. É serviço de gente grande. Não pode dar bobeira. Cinco minutinhos podem representar a falha ou o sucesso perante um cliente.

Esquece de almoçar e quando percebe, já são cinco horas. Pede um salgado pra comer na empresa mesmo. Ainda bem que a parede do estômago doeu ou se esquecia de que precisa comer. Quase seis horas e já estava de saída quando o diretor chegou pedindo algumas informações. Alguns relatórios e... o telefone toca. Problema de última hora. Coordena as soluções num fôlego só e sai. São 19:15hrs e o ensaio de teatro era às 19. Pega o carro emprestado com o pai e dirige pela nada agradável hora do rush. Controla a ansiedade aquecendo a voz e passando o texto na memória. Já em cena, numa escola estadual que serve de palco, é como se a correria do dia inteiro valessem por aquelas duas horas de teatro. Não estava tão preparada como gostaria, mas já valia a pena poder se dedicar por aquele período.

De volta pra casa, as ruas são tranqüilas, quase desertas. A sensação do fim do dia é confortante. Agora finalmente poderia deitar e descansar. Chegou em casa, jantou qualquer coisa só pra forrar o estômago. Tentou ler alguma coisa da faculdade mas o cansaço era tamanho que não conseguiu concentrar. Deitou. Já num estágio quase sonâmbulo lembrou assustada como quem quase esquece de um compromisso importante: “amanhã é sexta, tem a peça de Teatreando”. Este era um grupo de teatro do qual tinha participado durante quase oito anos. Ufa....ainda bem que tinha se lembrado. Mas não foram nem cinco minutinhos pra se dar conta de que lembrou atrasado. Amanhã não seria a peça. A peça foi sexta feira da semana passada. Ela havia esquecido. Não havia mais nada a ser feito. Virou pro lado e dormiu.

terça-feira, julho 18, 2006

Disconnected thoughtS

Maybe I am not really sure what I wanna say. Maybe all is just a selfish feeling in trying to prove myself that I still remember other language...maybe it’s all frustration for not knowing exactly how to express all the mess inside my thoughts...! and suddenly I realize that it’s not just a matter of portuguese or english or whatever language i come to learn! It’s not about an universal speakable convention of signs. Either way I hardly find the words. Either way I am not sure wich path to take. Is there a path I am supposed to go trough?

How long does it take a month to pass away? It’s almost all gone by and now i just dont really look forward to it anymore. Messed up everything as I ve done so many times before and as always, put up too much pressure and lost it all. Losing it all one more time...feels like just one more time, as if I am already used to it! It’s just one more time, but somehow tha sadness is not the loss itself, it’s the fact that it was all my fault. It could have been so much better if i were a little, just a little more patient. Funny how I actually wasnt that much envolved. Not as much as I let it look like!

So many things going on ... trying to get stuff together. Trying to make anysense of anything... looking for something I dont know exactly what. Maybe someone. Maybe just myself truly inside. Have you seen myself walking around? Have you seen my trail lost over somewhere else. Away... lonely... how long does it take a month to pass away? Guess the best answer is the one that said “it depends on how hard you want it to pass”.

I heard in a movie about the substitute girl... maybe i am the one. Maybe i learned to be the one as an excuse to hide myself of hurting. “Definetely maybe”. Learned to be by myself and enjoy the companies that “rise up”...! learned but I am not sure if thats the truth. Looking for something else. What if I am not into all the fucking crazy narcotic stuff....? What if i am not into all the fucking crazy narcotic stuff....? what if I really was born a little different and high; and what if i enjoy that? I know exactly who I am, all confused, alltogether happy and sad for moments; overexcited or not; that’s my narcotic substance... For now I am walking ... just wish i knew where to...

quarta-feira, maio 24, 2006

Finally day light!


E numa noite, carinho por muito além do que ainda acreditava!
O abraço forte e protetor, sutil, delicado no cuidado!
Tempo e distância se perdem na ternura!
Momentos que se tornaram magicamente reais!
Parecem me sonhos e são extremamente breves
Conscientemente efêmeros...
Esperas prolongadas
Atitudes e desejos!
Desejos contidos...
Uma noite de respeito e tudo agora esparramado!
E por uma noite amanheceu e já não era apenas imaginação solitária!
Cumplicidade por sempre mais.
Confissões e satisfação - plena!
Felicidade e beleza! Extrema!
Vê o dia amanhecendo? Está do meu lado esquerdo...!
Finally day light came on...!

quinta-feira, maio 04, 2006

Descrição! Mera...

Deitada de lado, sorria
sutilmente invadia todo o espaço visual e transbordava;
escorria pelas laterais o mormaço.
Riscos de leite feitos em pó de giz
E de repente,
Não estava mais ali
Some assim, tão instantânea quanto a beleza
Tão silenciosamente quanto esteve
Emudecida pelas cores que gritavam no escuro
Aos ouvidos apenas dos que sabem escutar o silêncio
O vazio calado.
Mas ela sorria pra mim, isso eu tenho certeza!
Meiga, muleca. Irreverente!

segunda-feira, abril 24, 2006

Sem memória, quem dera

Quero mais um beijo seu, dessa vez frio e seco, gelado;
Só pra convencer que não há o que esperar.
Quero quase um tapa na cara
pra tirar da memória o seu rosto brincalhão,
(como se já não tivessem sido dados tantos tapas).
Borracha no som da sua risada
Quase soluçado com monossílabas se afirmando (né?)
Caretas eternas
que ficaram intrínsecas nos olhos cerrados
As vezes dói mais e quero paz
Na verdade quero o beijo ainda melhor
Cheio de saudade
Quero o carinho
Quero o toque
Imersa nessa piscina de sonhos
Com o sorriso que tinha por lembrar de você
A expressão é agora neutra

terça-feira, abril 11, 2006

Por uma noite de sentimentos!

Por que será intrínseco tamanha teimosia? E na constatação do fato já previsto, ainda insiste em sangrar o corte superficialmente já cicatrizado. E existem cicatrizes superficiais?
Fecharam a primeira pele e deixaram vazio por dentro. O oco audacioso e expansivo lateja pelas paredes em caminhos tortuosos sem ter por onde escoar. O vazio constante; o espaço pulsante.
Lânguido sentir de tristezas anestesiadas e atividades oportunas que desviem o pensamento. Concentração relutante. Esperança mais uma vez dilacerada mas ainda resiste algum desejo. E tê-lo há muito não se justifica. Então por que esse embate feroz entre razão e sentimento. E por que tão racionalmente deixar tanto envolvimento transparecer. Por que não conseguir esconder de si mesmo o que camufla na pele de tantos sorrisos?